
Deleuze e Kant admitem que a literalidade é o meio pelo qual se pode chegar ao entendimento, porém, as bases do conceito de literalidade com o qual cada um trabalha não é congruente.
Para Deleuze todas as palavras são não-literais em virtude de uma palavra sozinha, ocupando a posição do indeterminado, não ter sentido a não ser se relacionada com outra, ou seja, toda palavra tem seu significado influenciado pelo conceito de outra palavra, sendo que essa influência é modificável de acordo com as experiências humanas em relação à palavra no mundo real, sujeito a condições temporárias, manejáveis, móveis.
Deleuze trabalha a literalidade como a afirmação das relações estabelecidas pelas palavras organizadas pela experiência no mundo real, capaz de estruturar um campo problemático ao qual ele atribui o nome de crença. A crença deleuziana em nada tem haver com formular hipótese através de uma essência, crer é um ato involuntário, uma síntese passiva, um acontecimento que se confunde com o acesso a um novo campo de compreensão, capaz de dar suporte ao entendimento das metáforas.
Kant considera que sendo a lógica uma ciência racional, das leis necessárias ao pensar, o entendimento não tem sua base estruturada nos objetos cujo conceito é obtido da perspectiva contingente para a perspectiva analítica; e sim em sentido contrário, do universal para o particular. Na visão de Kant as coisas do mundo real são do Diabo.
A literalidade Kantiana é restrita ao campo da universalidade, uma vez que ele nega que a dimensão do termo colocado no predicado tem extensão maior que o termo colocado no sujeito, para Kant ambos tem a mesma dimensão.
A equivalência de dimensão entre o sujeito e o predicado da literalidade Kantiana é a base para a compreensão do princípio da não-contradição onde o contrário de algo tido como verdadeiro é obrigatoriamente falso é vice-versa. Trabalha-se na perspectiva do contrário, afirmação / negação.
Portanto, se as bases do conceito de literalidade para Kant e Deleuze não são congruentes, não podemos explicar a metáfora de Deleuze e o princípio da não-contradição de Kant, valendo-se do mesmo entendimento de literalidade.
Para Deleuze todas as palavras são não-literais em virtude de uma palavra sozinha, ocupando a posição do indeterminado, não ter sentido a não ser se relacionada com outra, ou seja, toda palavra tem seu significado influenciado pelo conceito de outra palavra, sendo que essa influência é modificável de acordo com as experiências humanas em relação à palavra no mundo real, sujeito a condições temporárias, manejáveis, móveis.
Deleuze trabalha a literalidade como a afirmação das relações estabelecidas pelas palavras organizadas pela experiência no mundo real, capaz de estruturar um campo problemático ao qual ele atribui o nome de crença. A crença deleuziana em nada tem haver com formular hipótese através de uma essência, crer é um ato involuntário, uma síntese passiva, um acontecimento que se confunde com o acesso a um novo campo de compreensão, capaz de dar suporte ao entendimento das metáforas.
Kant considera que sendo a lógica uma ciência racional, das leis necessárias ao pensar, o entendimento não tem sua base estruturada nos objetos cujo conceito é obtido da perspectiva contingente para a perspectiva analítica; e sim em sentido contrário, do universal para o particular. Na visão de Kant as coisas do mundo real são do Diabo.
A literalidade Kantiana é restrita ao campo da universalidade, uma vez que ele nega que a dimensão do termo colocado no predicado tem extensão maior que o termo colocado no sujeito, para Kant ambos tem a mesma dimensão.
A equivalência de dimensão entre o sujeito e o predicado da literalidade Kantiana é a base para a compreensão do princípio da não-contradição onde o contrário de algo tido como verdadeiro é obrigatoriamente falso é vice-versa. Trabalha-se na perspectiva do contrário, afirmação / negação.
Portanto, se as bases do conceito de literalidade para Kant e Deleuze não são congruentes, não podemos explicar a metáfora de Deleuze e o princípio da não-contradição de Kant, valendo-se do mesmo entendimento de literalidade.
Autor: Fábio Moreira Santos